O primeiro sucesso do Lucas Lucco foi “Pra Te Fazer Lembrar”, uma música romântica e radiofônica. Depois de conseguir popularidade, ele decidiu lançar o seu primeiro disco em 2012. No início de sua carreira, ele trabalhava principalmente com o sertanejo universitário. Porém, com o passar dos anos, começou a flertar com o pop e o funk carioca. Depois de colaborar com MC Lan em “Tic Tac” e MC G15 em “Permanecer”, Lucco divulgou um dueto com Pabllo Vittar. “Paraíso” gerou um certo buzz nas redes sociais, mas não cumpriu com as expectativas. Anunciado no auge da drag queen, o dueto foi aquém do esperado em plataformas como o Spotify. No YouTube, as boas visualizações do videoclipe garantiram uma certa repercussão. Dirigido pelos Os Primos, não há dúvidas de que o clipe é visualmente bonito e apresenta uma fotografia impecável.
Inicialmente, uma linha de baixo introduz os vocais do Lucas Lucco, antes da percussão acompanhá-lo. “Te pego de jeito e se pegar fogo / Deixa queimar, te beijo gostoso / Eu tiro sua roupa, te levo pro Paraíso”, ele canta sob fortes riffs de sintetizador. Quando Pabllo Vittar aparece no refrão, ela consegue injetar algum carisma na música. Os repetitivos “e eu vou, e eu vou, e eu vou, e eu vou” ficam presos na cabeça com facilidade. A influência eletrônica é muito perceptível, principalmente quando o drop de sintetizador aparece depois do refrão. O verso solo da Pabllo Vittar é mais interessante por conta da melodia e maior presença das batidas de tambor. Embora os agudos do segundo pré-refrão sejam exagerados, a canção fica mais potente na segunda metade. Para quem esperava uma música de sertanejo ou com influências de tecnobrega, deve ter ficado desapontado. Infelizmente, “Paraíso” é bem decepcionante, seja pela produção genérica, letras clichês ou ausência de um fator cativante.