Divulgada ontem nas plataformas de streaming, “Machika” é uma colaboração entre J Balvin, Jeon e Anitta. A faixa foi composta pelos três artistas em parceria com os produtores Sky Rompiendo e Clyde Narain. O título incomum aparentemente pode significar “smash” em inglês e “arrasar” em português, sendo um termo de um dialeto falado em Aruba, terra natal de Jeon, localizada ao largo da costa da Venezuela. Esta é a terceira colaboração entre J Balvin e Anitta, mas, ao contrário de “Downtown”, “Machika” é uma decepção. Trata-se de um reggaeton extremamente repetitivo e monótono, conduzido principalmente por batidas de tambor e efeitos sonoros desnecessários.
Após breves sons de sintetizador, J Balvin entoa: “Vamos, vamos mandar ver / Não há tempo a perder / Da boate para o motel / Mais malvada que a Anabelle.” Além da comparação questionável com a boneca Annabelle – que, inclusive, faz uma aparição no videoclipe –, a música ganha um instrumental ainda mais intenso com a entrada da percussão. O refrão é, sem dúvida, o ponto mais fraco da faixa, reduzindo-se à repetição excessiva e irritante da palavra “machika”. Liricamente, a canção é superficial e desprovida de propósito. Anitta, ao menos, se auto-intitula “a sensação da favela” e consegue exaltar as mulheres em seu verso. Já a participação de Jeon soa dispensável, assim como os efeitos de sirene ao fundo. Embora tenha um apelo comercial evidente, “Machika” aparentemente não vai conquistar o público latino, acostumado a sucessos de reggaeton mais cativantes, devido à sua composição desgastante e dissonante.