Pouco antes de lançar o seu novo álbum, Amen Dunes divulgou uma música chamada “Believe” – uma balada folk midtempo que adota uma visão sobre a mortalidade de sua mãe, que havia sido diagnosticada com câncer terminal. Aqui, Damon McMahon brinca: “Quando eu era criança, eu tinha medo de morrer / Mas eu cresci agora”. Sua abordagem para o luto parece ter uma visão mais ampla do que a maioria das pessoas. O refrão e o sintetizador cósmico mantêm o arranjo exuberante e completamente ressonante. Embora tal referência seja emocional por conta própria, é sua entrega indiferente que se torna o ponto de venda. “Believe” se desenvolve lentamente através de uma guitarra incrivelmente sólida; a autenticidade da banda é inquestionável e sua voz totalmente vulnerável.
Ao refletir sobre sua mãe, ele fornece uma triste meditação e uma de suas letras mais expressivas. Mas embora o tema seja pesado e emocionalmente devastador, tudo soa espiritualmente edificante. “Sim, a vida continua, e isto é apenas uma música / Mas ainda faço isso por você”, ele canta no refrão. McMahon se libertou dos sons internalizados do Amen Dunes, usando uma guitarra fascinante e um ritmo repetitivo – a fim de criar uma euforia exultante. Em vez de apresentar sua dor, ele apenas parece hipnotizado. A triste melodia que monopoliza a canção entra em contradição com as letras, mas aumenta a força de sua composição. Em outras palavras, “Believe” é fabulosa e nos remete ao folk rock que Neil Young fazia quando tinha 30 anos. Além disso, também canaliza a lenda canadense com suas letras honestas que descrevem a morte como forma de libertação. A escrita de Damon McMahon prova que o perdão pode ser a coisa mais sensata que podemos fazer. Com este tema, outros artistas poderiam cair em clichês inevitáveis, mas “Believe” é uma jornada pessoal muito convincente.