Teyana Taylor começou sua carreira na gravadora Star Trak do Pharrell Williams. Ela já trabalhou e gravou com alguns artistas conhecidos, como Usher e Chris Brown. Mas em 2012, assinou com a G.O.O.D. Music do Kanye West e cancelou o contrato com a Star Trak. Se aproximar do rapper tem sido benéfico para sua carreira. Em 22 de junho, ela lançou o seu segundo álbum de estúdio, que contou com a produção executiva do próprio Kanye West. O ouvinte recebe uma visão necessária sobre ela na peça central do repertório, “Rose in Harlem”. Taylor canta e faz rap enquanto fala sobre falsos amigos da indústria e os obstáculos de sua carreira. Essa canção mostra sua versatilidade como artista e prova que ela é uma cantora multifacetada.
Musicalmente, contém sample de “Because I Love You, Girl” (The Stylistics) e interpolações com o poema “The Rose That Grew from Concrete” (2Pac) e “Spanish Harlem” (Ben E. King). Além de ser a faixa mais obscura do álbum, possui uma honestidade que pode ser apreciada. É um golpe direto para os céticos, onde Taylor evita falar sobre relacionamentos e canaliza um fluxo acelerado sem perder o tom. Os trompetes cortam a música, ao passo que ela canta sobre florescer nas ruas de concreto de Harlem, Nova York. A maravilhosa amostra alimenta a canção, enquanto Taylor canta sobre a traição de pessoas próximas à ela. Sua voz é poderosa e a mensagem se destaca mais do que qualquer outra coisa. “São aqueles que juram que são reais, não são verdadeiros / São aqueles que mais se aproximam / São aqueles em quem você confia, eles também”, ela diz no refrão arenoso. A percussão rebuscada lhe acompanha, enquanto ela usa uma “rosa” como metáfora, assim como 2Pac fez no poema “The Rose That Grew from Concrete”. Embora não exista uma música necessariamente ruim no “K.T.S.E.” (2018), “Rose in Harlem” se destaca como um sucesso absoluto.