Anunciada no início desta semana, poucas informações foram reveladas sobre “It’s Not Living (If It’s Not with You)” – além das letras que usam as drogas para lamentar o término de um relacionamento. A banda The 1975 se manteve ocupada com a divulgação do seu próximo álbum, lançando singles antecipadamente, como “Give Yourself a Try”, “Love It If We Made It”, “TOOTIMETOOTIMETOOTIME” e “Sincerity Is Scary”. Escrito e produzido por Matthew Healy e George Daniel, o novo álbum do quarteto, intitulado “A Brief Inquiry into Online Relationships”, pretende ser mais honesto do que os discos anteriores. “It’s Not Living (If It’s Not with You)” é uma explosão de synth-pop sobre o vício do vocalista com uma produção inspirada pelos anos 80. É repleta de sintetizadores, guitarras, teclados e refrões altamente eficazes. Apesar da aura otimista, as letras são um relato de cortar o coração, não apenas por causa do amor não correspondido, mas pelo abuso de substâncias como um mecanismo de defesa. “Eu não consigo parar de suar ou controlar meus pés”, ele canta.
Em assinatura ao estilo da banda, “It’s Not Living (If It’s Not with You)” prospera na justaposição dos sons eufóricos e das reviravoltas líricas. Enquanto isso, as guitarras funky e os sintetizadores fazem maravilhas. Pode não ser um número perfeito, mas é agradável e claramente pessoal. No decorrer das letras, você vai notar que Healy faz comparações com Danny, um viciado em drogas. “Danny teve algumas complicações / Ele adormece durante conversas / Ele tem que procurar na rua quando está de férias / O pior é que estou na mesma situação”, ele diz. No primeiro refrão, Healy acrescenta: “E tudo o que faço é sentar e pensar em você / Se eu soubesse o que você iria fazer / Recolher as minhas veias usando sapatos bonitos / Não é viver se não é com você”. Parece ser diferente de tudo que The 1975 lançou anteriormente, mas funciona a seu favor. O refrão é absolutamente insano e contagiante, e cada vez que eu ouço, acho os vocais mais interessantes – é como se você sempre ouvisse pela primeira vez. Matt Healy conseguiu fazer uma auto-depreciação soar agradável. Ele uniu dores distintas, que envolvem o desgosto e o vício, e fez parecer um grande momento. Com certeza ele não foi o primeiro artista a comparar o uso de drogas com algum relacionamento romântico, mas fez isso de forma muito apaixonada. Em suma, com “It’s Not Living (If It’s Not with You)”, The 1975 lidou magistralmente com o vício sobre uma bela corrente de sintetizadores oitentistas.