Em 04 de junho, Alex Giannascoli retornou com “Gretel”, seu primeiro lançamento solo desde o “Rocket” (2017). O single foi divulgado juntamente com o anúncio de seu próximo álbum de estúdio, “House of Sugar”. Enquanto será seu terceiro LP com a Domino Records, (Sandy) Alex G sempre manteve uma discografia coesa e definitiva. Seu universo está cheio de personagens rebeldes usados como advertência. O tempo todo existe a necessidade de tentar fazer o melhor, de corrigir seus amigos, namoradas e seu cachorro Harvey. Basicamente, seu som combina elementos de música folk, pop e lo-fi. “Gretel” apresenta sua instrumentação de assinatura com elementos acústicos e orquestrais, com a adição de um som eletrônico distorcido que os fãs só podem assumir que tem alguma influência do Frank Ocean.
Alex G apareceu na lista de colaboradores do “Endless” (2016) como guitarrista de apoio em “Slide on Me”, “Rushes” e “Wither”. No “Blonde” (2016), ele tocou guitarra em “Self Control” e recebeu créditos na composição de “White Ferrari”. Em “Gretel”, é difícil não ver o título como uma referência ao clássico conto de João e Maria. “Ninguém vai me tirar dos trilhos”, ele canta seriamente. Ademais, pode ser uma extensão da cultura folk americana – principalmente por lembrar o popular conto de fadas que alerta contra a gula. As letras, apesar de simples, progridem ainda mais neste conceito: “Eu não quero voltar, ninguém vai me tirar da pista”, seguido por uma referência ao próprio título do álbum: “Está me chamando de volta, Casa de Açúcar”. Enquanto grande parte do “Rocket” (2017) parecia se distanciar do processamento vocal auto-sintonizado e dos sintetizadores reverberantes, “Gretel” é dominada pelo violão e piano metálico. Dito isto, também apresenta o circuito hipnótico que une suas principais composições.
