Até o momento, Amber Mark causou uma excelente impressão – lançou dois ótimos EPs e vários singles intoxicantes. Sua nova música, “What If”, abre com pinceladas de cordas, antes de fornecer uma confecção de neo soul e R&B. Quando o termo “quiet storm” foi cunhado pela primeira vez em meados da década de 70, significava uma marca específica de R&B sensual com uma suave infusão de jazz. Abrangendo artistas como Luther Vandross e Sade, o gênero foi transformado em um formato de rádio para ouvintes mais velhos – pessoas mais propensas a ter uma compreensão mais sofisticada do romance. Afinal, o quiet storm é uma mistura de R&B contemporâneo e jazz realizado em um estilo completamente romântico.
Dito isto, mesmo com apenas 23 anos, Amber Mark prova que pode recriar a mágica do quiet storm em “What If” – replicando a riqueza do formato em som e emoção. Em meio à linha de baixo, existe um vocal habilidoso e altamente emotivo, repleto de sentimento e estilo. Os pequenos detalhes da produção faz com que “What If” carregue a mesma sumptuosidade de uma slow jam. A música é introduzida por um arranjo de cordas arrepiante que vibra até ser equilibrado pelo baixo funky, violão e sintetizador. Mas sua glamorosa melancolia nasceu de um momento sombrio de sua vida. Para combinar com a complexidade do arranjo, Mark compartilha algumas reflexões profundas sobre o amor. “Se eu nunca tivesse sentido um desgosto / Diga-me como eu saberia se é amor”, ela canta de forma levemente ofegante. Amber Mark está repensando um sentimento antigo: você precisa conhecer a dor para entender a verdadeira felicidade. Mas através das sutilezas de sua inflexão e produção, ela apresenta a dor de forma elegantemente brilhante.