Para quem ainda não conhece, Maria-Cecilia Simone Kelly, profissionalmente famosa como Rico Nasty, é uma rapper, compositora e produtora americana. Originando sua carreira em Maryland, Kelly foi exposta ao rap em uma idade muito jovem. Ela lançou duas mixtapes em 2016: “The Rico Story” e “Sugar Trap”. Ambos projetos ganharam uma notável atenção da mídia e do público em geral. Posteriormente, em junho de 2018, Kelly assinou com a Atlantic Records depois de lançar sua sexta mixtape, “Nasty” (2018). Mesmo com apenas 22 anos, ela pretende conquistar o tempo por pura força de vontade. Em um momento cultural saturado de arrogância, a raiva catártica da Rico Nasty fornece uma especificidade bem-vinda e um caminho a seguir. No cenário emocional do “Anger Management” (mixtape conjunta com Kenny Beats), ela expressa a necessidade de ser ouvida. “Time Flies”, embora seja direta de uma maneira que as faixas do “Anger Management” (2019) não são, serve como um acompanhamento adequado. Ela cristaliza a mensagem do álbum anterior, quando diz: “Eu vivo todos os dias como se eu morresse durante a noite / Levei muito tempo para voltar ao meu juízo perfeito”.
Sua voz não tem a borda irregular usual do seu som característico; somente quando ela menciona o trabalho árduo que passou: “Cinco dias seguidos, sem descanso, tudo bem”. Caso contrário, sua voz se espalha pelos sintetizadores quentes e batidas de trap, lembrando fortemente o estilo das mixtapes “Sugar Trap” (2016) e “Tales of Tacobella” (2017). Há momentos de uma sinceridade excepcional, especificamente quando ela extrai a última sílaba e canta “trago o calor como o verão”, e quando exclama “estou sempre superando as probabilidades”. Apesar da preocupação da música com o tempo, Rico Nasty está apenas correndo contra si mesma.
