Destroyer é uma banda canadense de Vancouver liderada pelo cantor e compositor Dan Bejar, formada em 1995. As músicas do Destroyer são caracterizadas por letras abstratas, poéticas e vocais idiossincráticos. Sua discografia baseia-se em uma variedade de influências musicais, resultando em álbuns que podem parecer marcadamente distintos um do outro; nas palavras de Bejar, “esse é o meu objetivo: começar do zero todas as vezes”. A título de curiosidade, em 2002, Bejar explicou de onde surgiu o nome da banda: “Eu meio que queria um nome de rock ‘n’ roll. Em nosso modo especial, estamos destruindo tudo, você só precisa ouvir com muita atenção”. Dependendo do seu ponto de referência, o título do novo single do Destroyer, “Crimson Tide”, pode evocar um mar de sangue ou o thriller submarino de meados dos anos 90, estrelado por Denzel Washington e Gene Hackman. Dan Bejar, o bardo canadense e, em algum momento, membro do The New Pornographers que grava como Destroyer, entoa friamente a frase dezesseis vezes em “Crimson Tide”.
Mas, como sempre, ele deixa o significado em aberto à interpretação. É basicamente um quebra-cabeça suntuoso: o espaçoso synth-rock forma um cenário elegante para um de seus monólogos patenteados. Aqui, ele definha em um hospital, saboreia a palavra “golpe”, dispensa “cantores idiotas pagando suas dívidas” e participa de um funeral “insano”. Assistindo ao vídeo de “Crimson Tide” – anunciado como um vínculo com um filme de arte possivelmente inexistente -, fico impressionado com a crescente semelhança visual de Dan Bejar, com seu cabelo desarrumado e trajes descontraídos de professor boêmio. Como aquele baterista de pintura, Bejar é um virtuoso impressionista de seu instrumento. Sua destreza é simplesmente impressionante!