Anamaría Tijoux Merino, conhecida somente por Ana Tijoux, é uma cantora franco-chilena. Ela se tornou famosa na América Latina como MC do grupo de hip hop Makiza durante o final dos anos 90. Em 2006, ela foi para o mainstream após sua colaboração com a cantora mexicana Julieta Venegas. Todavia, ela ganhou um reconhecimento mais amplo após lançar seu segundo álbum solo, “1977” (2010). Mais tarde, os discos “La bala” (2011) e “Vengo” (2014) lhe renderam o prêmio de “Best Artist” no Premios Pulsar de 2015. Quem curte hip hop alternativo, pop latino ou R&B contemporâneo deveria dar uma chance para ela. Tijoux é filha de pais chilenos que viveram no exílio político da França durante a ditadura de Augusto Pinochet no Chile.
Confrontar a injustiça é um ponto focal de sua carreira, não é à toa que ela lançou uma música em protesto contra a corrupção no Chile. “Com nossos punhos e colheres, estamos atacando o estabelecimento e o estado”, ela recitou em “#CACEROLAZO”. O seu novo single, “Antifa Dance”, surge em outro momento extremamente delicado – afinal, o mundo está enfrentando uma pandemia assustadora. Mas em vez de aceitar a derrota, Tijoux tenta canalizar alegria dentro de si para conseguir inspirar outras pessoas. “Senhoras, isso é internacionalista / Dança latino-americana, popular”, ela diz nas primeiras linhas. “Desça e ouça, ouça a luta / Truta descafeinada e tremenda / Não há mais desculpa para ser mole”. “Antifa Dance”, que fará parte do seu próximo álbum, possui versos arrogantes, mas foram escritos para enfrentar a opressão. “Este sistema cai, cai se você não comprar / Você está pronto para isso?”, ela pergunta. Nesse ponto, a solidariedade é extremamente importante para ela. Enquanto a percussão cria uma sensação cativante, ela mostra que combater a injustiça é um dever de todos.