Nick Hakim é um músico americano residente do Brooklyn, Nova York – até o momento, ele já lançou dois EPs e um álbum completo, “Green Twins” (2017). Nick foi criado em Washington, D.C. por seus pais – uma mãe chilena e um pai peruano. Aos 17 anos, uma amiga o convidou para cantar no coro de sua igreja, onde Nick aprendeu sozinho a tocar piano. A morte é inevitável. Este é o argumento apresentado por alguns como razão suficiente para deter as medidas de distanciamento social postas em prática para conter a disseminação do coronavírus. O problema com essa afirmação, é claro, é que mesmo em nosso mundo pandêmico, desvalorizar a vida de qualquer pessoa vai contra os princípios que nos tornam humanos.
Dito isto, o seu novo single, intitulado “QADIR”, leva o nome do seu falecido amigo, Qadir Imhotep West, que faleceu em 2018 aos 25 anos, cujo retrato de infância está na capa. Ao longo de 7 minutos e meio, Nick Hakim constrói um monumento sonoro para seu amigo que partiu, trabalhando com tambores reverberantes e sons de teclado e flauta. Ele enche o palácio com as vozes de KeiyaA, Pink Siifu e Oyinda. Seus timbres se aglutinam, flutuando no ar como a fumaça de um incenso. As letras recursivas são baseadas não em sua própria dor, mas na esperança e comunidade; eles imaginam um mundo melhor. “Parece haver uma complexidade em ser gentil”, Hakim grita. “Para seu espaço, para seu templo, para seus vizinhos”. Nunca houve um momento melhor para este lembrete do que agora.