Nessa sexta-feira, Drake agraciou os fãs com algo inesperado: uma nova mixtape. Dentro da tracklist temos a faixa com o Playboi Carti que ele havia comentado no início do mês. “Dark Lane Demo Tapes” é composto por 14 faixas demo, ou seja, que não tiveram produções finalizadas em estúdio. A mixtape inclui parcerias com Chris Brown, Future, Young Thug, Giveon, Fivio Foreign e Sosa Geek. Apesar de inéditas, as músicas não foram gravadas durante a quarentena do coronavírus, mas foram resgatadas pelo artista já que não entraram em nenhum projeto ou foram lançadas como single. A nova compilação surge logo após o sucesso de “Toosie Slide”, que alcançou recentemente o topo da Billboard Hot 100. Por meses, os fãs imploraram à Playboi Carti para lançar sua colaboração com o Drake e, finalmente, chegou esse momento. Até seu lançamento oficial, os fãs imaginavam que a música faria parte do novo álbum do Playboi Carti, “Whole Cartta Red”.
Dito isto, a faixa já estava flutuando pela Internet, mas todo mundo queria ouvir a versão finalizada. Combinando seus estilos, Drake fornece sua entrega habitual sem grande esforço, enquanto Carti apresenta sua inconfundível “voz de bebê”. Aqui, Drizzy interpreta um homem de sangue frio ao lado das harmonias induzidas por hélio do Playboi Carti. Suas manobras são boas; em vez de nos alimentar com agressividade, sua energia é completamente relaxada. Mais conhecido por produzir “Magnolia” do próprio Playboi Carti, Pi’erre Bourne adotou uma abordagem menos convencional aqui. “Pain 1993” possui uma batida brilhante e espaço suficiente para o Drake operar. Com ajuda do Pi’erre Bourne, ele faz melhor uso de suas palavras.
“Eu cravejei o pulso dela / Eu deixo ela fazer o que quiser / Não foi como o planejado / Então eu tive que levar essa merda pra van / Ela vai ter que ir embora com a amiga / Ouvi dizer que ela voltou pro namorado / Não dou a mínima”, ele diz no primeiro verso. No refrão eles se juntam para recitar as seguintes frases: “Ei, vocês não precisam respeitar / Vocês só deveriam aceitar / Falando sério / Eu amo meu maninho até a morte / Se você não manter o papo reto / Eu não dou a mínima”. Quando chegamos na vez do Playboi Carti, ele encontra um jeito de prosperar no mundo do Drake. Não dá para negar que sua pontuação complementa adequadamente a paisagem sonora do Pi’erre Bourne. “Notas no meu jeans e ele são Raf Simons / Diamantes nos meus dentes, eu liguei para o dentista / Tenho uma bolsa da Goyard, eu guardo a grana nela”, ele cospe. “Sempre que eu tô pela área, cê sabe eu só ando de Bentley / Eu joguei essas pílulas no meu copo / Minha mina veio aqui só pra foder”. Pela primeira vez, Drake e Playboi Carti encontraram uma maneira de combinar seus estilos – mas ambos se destacam por conta própria.