O novo single do Jão, intitulado “CORINGA”, foi lançado nesta quarta-feira em todas as plataformas digitais. A faixa solo servirá como pontapé inicial do terceiro álbum do cantor, sucessor do “LOBOS” (2017) e “Anti-Herói” (2019) – ambos divulgados pela Universal Music. Como esperado, “CORINGA” é uma canção leve e divertida com violões, estalar de dedos, batidas dançantes e letras envolvendo um relacionamento amoroso. A canção foi co-produzida por Zebu e Paul Ralphes; Zebu vem trabalhando diretamente com Pabllo Vittar, na Brabo Music, há anos, além de assinar músicas da Anitta e Luísa Sonza. Ralphes, por sua vez, já trabalhou ao lado de nomes como Sandy & Junior, Skank, Jota Quest e, mais recentemente, Giulia Be. O videoclipe é uma continuação de “Imaturo”, quarta faixa do “LOBOS” (2017). O roteiro começa com o artistas e seus amigos sendo liberados da cadeia. Para quem não se lembra, o trio de infratores foi preso, ainda em 2018, no clipe de “Imaturo”, depois de ser pego por policiais com malas de dinheiro.
Na sequência da superprodução, os três aparecem invadindo um evento de gala e roubando um colar de diamantes. Mesmo perseguidos pelas autoridades, eles conseguem escapar. O amor sempre foi o tema central das composições do Jão. A única diferença aqui é que a “sofrência” deu lugar a uma paixão mais sensual e charmosa. “CORINGA” contém um refrão bem estruturado e um riff de violão consistente, além de um ritmo descontraído e melodias que nos remetem ao pop do início dos anos 2000. “Nosso amor é coringa / Eu quero tua ginga pra te conquistar / Se eu te vejo indo embora, eu te agarro lá fora, cê pode ficar”, ele canta no refrão. “Quero ver você de novo / Sem mexer no nosso jogo / Nosso amor é coringa / Eu quero tua ginga na beira do mar”. Mas embora a produção seja interessante, a letra ainda é a parte mais fraca da música. Um amontoado de palavras jogadas sem um objetivo real – com a única e exclusiva intenção de rimar. O lirismo do pop nacional, certamente, é a coisa que mais me afasta de ouvi-lo com frequência – e o Jão não é uma exceção.