Sons of Kemet é um grupo de jazz britânico composto por Shabaka Hutchings, Tom Skinner, Theon Cross e Eddie Hick (Seb Rochford saiu da banda no final de 2016). O grupo utiliza instrumentos como saxofone, clarinete, tuba e bateria para criar a maior parte de suas músicas – os seus principais gêneros são o jazz, rock e o folk. Três anos atrás, Sons of Kemet lançou um álbum expressivo e onívoro chamado “Your Queen Is a Reptile” (2018), mas o grupo já existia há anos. Assim como Kamasi Washington, a banda saiu do mundo do jazz e começou a participar de festivais mais convencionais. Dito isto, Sons of Kemet acabou de anunciar o lançamento do seu próximo álbum de estúdio, intitulado “Black to the Future” – tem tudo para ser uma grande declaração. Em um comunicado à imprensa, Hutchings descreveu o novo álbum como “um poema sônico para a invocação de poder, lembrança e cura”. O LP contará com contribuições de músicos como Angel Bat Dawid, Moor Mother, D Double E e Steve Williamson.
No primeiro single, “Hustle”, Sons of Kemet trabalhou com o rapper Kojey Radical, e também apresenta backing vocals de Lianne La Havas. É um corte percussivo construído em torno de uma forte e sincopada batida de bateria e tuba. Kojey Radical canta sobre a luta negra enquanto Lianne La Havas adiciona leveza às suas melodias. No vídeo dirigido por Ashleigh Jadee, duas dançarinas se movem em torno de um quarteirão de Londres. Honestamente, “Hustle” atinge as expectativas com grande fervor. Sons of Kemet se apresenta de forma impressionante mais uma vez: os metais avançam enquanto a bateria desnorteada elevam a produção. Incorporando o espírito e o desejo de Hutchings de “reafirmar o que significa lutar pelo poder negro”, “Hustle” encontra a banda de forma silenciosa e rítmica, enquanto Radical reflete sobre as realidades sombrias da vida – e ainda encontra consolo em sua própria perseverança. “Eu nasci da lama com a agitação dentro de mim”, diz o mantra do refrão – com Lianna La Havas adicionando algumas harmonias sutis enquanto os metais criam um ambiente brilhante. Com um senso moral tão forte quanto seu ritmo, “Hustle” representa uma jornada pela história musical da comunidade negra – é um ótimo carro-chefe do “Black to the Future”.