Hoje, Taja Cheek compartilhou conosco o novo single do seu próximo álbum de estúdio – “Blame Me” é uma linda e misteriosa canção que a encontra refletindo sobre as circunstâncias de seu nascimento. Os estágios do luto geralmente são negação, raiva, depressão e aceitação. L’Rain consegue encaixar essas inúmeras experiências nos 3 minutos e 31 segundos de “Blame Me”. É uma oração peticionada com um lirismo cíclico, guitarra dedilhada, sintetizadores e um chimbal ocasional, que expande o som experimental e aéreo de L’Rain. A seção de abertura, construída em torno da guitarra dedilhada, inicia os trabalhos, uma reminiscência do início de um quebra-cabeça onde as peças se encaixam com relativa facilidade. “Você estava definhando, meu deus / Eu estou indo para o sul”, ela canta de forma assustadoramente gentil. Sua voz é como um sonho e há um brilho palpável em seu timbre que ilumina os falsetes. O quebra-cabeça é concluído quando sua voz cintilante entra no primeiro plano instrumental; todos os movimentos seguem em uma direção. Entrincheirada em uma erosão sem saída, ela diz: “Não te dei nada dentro do meu tempo / Talvez seja isso que acaba com a sua vida”. Neste abismo que ela mesma criou, L’Rain está no centro do furacão, enquanto “Blame Me” serve como uma reflexão no meio de uma tempestade violenta. Por sua modéstia, “Blame Me” exala beleza principalmente graças à sua orquestração e doçura de suas melodias.
Review: L’Rain – Blame Me
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