A carreira da carioca Bárbara Eugênia é muito abrangente. Em 2005, ela mudou-se do Rio de Janeiro para São Paulo e conheceu o produtor Apollo 9, que a convidou para cantar duas músicas da trilha sonora do longa “O Cheiro do Ralo”, de Heitor Dhalia. Em seguida, com o guitarrista Edgard Scandurra, participou de um projeto de tributo ao cantor francês Serge Gainsbourg. Depois de se recuperar de uma cirurgia nas cordas vocais, para retirada de um cisto, foi convidada por Pupillo, Dengue e Rica Amabis para integrar o coletivo 3 na Massa, em 2008. No ano seguinte, gravou seu primeiro álbum de estúdio, contando com a ajuda de Edgard Scandurra, Pupillo, Dengue, Tatá Aeroplano, Otto, Karina Buhr e Tom Zé. Aparentemente, sua viagem musical pelo pop dos anos 80 está apenas começando. Sob o título de Djane Fonda, a cantora fluminense revelou há poucas semanas a empoeirada “Hold Me Now”, canção que transita por camadas de sintetizadores, batidas radiantes e melodias nostálgicas.
Cada vez mais, ela está indo de encontro ao som de veteranas como Olivia Newton-John e Bonnie Tyler, porém, preservando sua própria identidade. O mesmo direcionamento nostálgico acaba se refletindo na inusitada releitura de “The Best”. Originalmente, essa canção foi composta por Mike Chapman e Holly Knight, e eternizada no álbum “Foreign Affair” (1989), de Tina Turner. A versão de Bárbara Eugênia preserva parte da essência original, porém, ganha maior destaque em sua voz quase sussurrada. Dessa vez, ela produziu a canção em conjunto com Arthur Kunz e Guilherme Held. Como um projeto que surgiu de uma brincadeira com amigos, Djane Fonda tem tudo para embalar as baladas quando elas voltarem a fazer parte da nossa realidade. Uma coisa é certa: “The Best” é simplesmente mágica! As batidas propulsoras, os sintetizadores cintilantes e a guitarra cristalina formam um pacote oitentista de tirar o fôlego. Quando escuto essa música, parece que sou transportado para outra dimensão – parece uma viagem no tempo. Mais uma vez, Bárbara Eugênia se superou.