“Mood Ring”, o segundo single do novo álbum da Lorde, foi lançado ontem junto com um lindo videoclipe. “Este foi o primeiro vídeo do álbum que filmamos”, ela disse. “Tão divertido de filmar, tão relaxante”. É uma faixa acústica com apenas um violão, uma leve percussão e um sintetizador sutil. Liricamente, Lorde faz saudações ao sol e fala sobre encontrar a paz interior: “Estou tentando ficar bem começando por dentro / Plantas e notícias sobre as celebridades / Todas as vitaminas que eu consumo / Vamos voar para algum lugar ao leste / Eles terão o que eu preciso”. O videoclipe, dirigido com Joel Kefali, parece uma continuação de “Solar Power”: a cantora, agora com o cabelo loiro descolorido, conduz uma cerimônia sob uma tenda iluminada pelo sol, cercada por seguidores em trajes verdes. A neozelandesa, que já foi a princesa gótica do pop, trocou suas longas tranças castanhas por um tom quase gelado. Unindo as mãos e inclinando-se para o chão como um círculo de oração de nadadores sincronizados, Lorde e seu grupo fazem saudações ao sol e meditações transcendentais. “Vocês podem queimar a sálvia e eu vou purificar os cristais”, ela acrescenta.
Musicalmente, “Mood Ring” segue um caminho semelhante ao primeiro single e tem uma vibração natural que permeia cada nota. É uma canção relaxante que acalma a alma instantaneamente. E além da batida suave, há um refrão docemente cantado – novamente com backing vocals de Phoebe Bridgers e Clairo. O que é fascinante sobre o single, porém, é seu som contaminado pelo pop da década de 90 e começo dos anos 2000. “Você não acha que o início dos anos 2000 parece tão distante?”, ela pergunta em determinado momento. Em um comunicado à imprensa sobre a música, Lorde explicou que “Mood Ring” é um olhar satírico sobre a tendência do pseudo-bem-estar, e que ela se inspirou para escrever sobre este tema após um mergulho profundo na era dos anos 60. Em “Solar Power”, ela combinou letras sobre amar o verão e o clima quente com um vídeo repleto de imagens cult e sinais de mudança climática. “Stoned at the Nail Salon”, por sua vez, refletiu sobre o antigo dilema existencial de envelhecer, mas corta a seriedade ao se perguntar: “Talvez eu só esteja chapada no salão de manicure”. Mas embora “Mood Ring” seja uma canção agradável, é menos emocionante do que o esperado; além disso, a crítica sobre a cultura do bem-estar é um pouco básica.