A mineira Luiza Brina decidiu comemorar os 10 anos de lançamento do seu primeiro álbum solo, “A Toada Vem é Pelo Vento” (2011), com uma edição deluxe. O lançamento está previsto para março e ainda contará com uma edição em LP. Além da seleção de músicas que integra a versão original, o álbum conta com oito interpretações acústicas, novas adaptações e participações de Castello Branco (Back In Bahia), Ana Frango Elétrico (Somos Só) e Zé Manoel, com quem divide os vocais da faixa-título. Além da reedição, Luiza Brina, que já fez parte do grupo mineiro Graveola e o Lixo Polifônico, lançou anteriormente os álbuns “Tão Tá” (2017), “Tenho Saudade Mas Já Passou” (2019) e o EP “Deriva” (2020).
Como último gostinho antes da chegada da reedição de “A Toada Vem é Pelo Vento”, a canção ganhou um novo tratamento no encontro entre Brina, Zé Manoel e Albérico Junior. Há delicadas camadas instrumentais e vozes fragmentadas que transportam o som para um ambiente inesperadamente diferente. Além da voz de Zé Manoel, “A Toada Vem é Pelo Vento” também conta com amostras de “Bumba Meu Boi de Maracanã” e falas de Seu Humberto de Maracanã, artista famoso pelas toadas maranhenses. “Eu canto pra lembrar / Que ir é encontrar / felicidade”, ele recita aqui. Com um tom quente e intenso, “A Toada Vem é Pelo Vento” traz o inconfundível piano do pernambucano recém indicado ao Grammy e o indelével baixo da artista mineira. “A toada vem é pelo vento / Quando o rio chega no areal / Eu logo invento / A toada vem é pelo vento”, Zé Manoel canta nas primeiras linhas, antes de Brina complementar: “A toada vem pelo veleiro / No mirinzá que eu respeito”. Quando os tambores e os outros instrumentos de percussão aparecem, a canção ganha mais força. No entanto, o melódico piano continua sendo a principal base da música.