Em março, Angel Olsen lançou “All The Good Times” e anunciou o seu próximo álbum de estúdio. Um mês depois, ela resolveu compartilhar a faixa-título adotando um tom substancialmente mais country. Com sua voz rica e enferrujada, Olsen encontra um lar entre o piano cadenciado e o pedal steel. É a paleta sonora perfeita para uma música tão limpa e aberta quanto “Big Time”, onde ela não faz outra coisa além de expressar as profundezas de sua paixão. “Estou vivendo, estou amando, já vivi muito antes / E estou te amando muito, estou te amando mais”, ela proclama com graça. Olsen sempre mostrou sua versatilidade musical. Seja no indie rock, folk, pop ou soul, ela sempre conseguiu usar vários disfarces com sua música. Dito isto, “Big Time” também é um salto para um novo território, desta vez assumindo um som característico do country.
Não muito diferente de “All The Good Times”, essa canção possui linhas de órgão estridentes e guitarras de aço que a colocam firmemente dentro do espectro sonoro da clássica música country. A diretora do videoclipe, Kimberly Stuckwisch, explicou que a inspiração criativa por trás do single surgiu da vontade de “celebrar como os humanos identificam e subverter o antiquado gênero binário e os papéis sociais/internalizados de gênero”. Aqui, Olsen realmente fornece uma virada estilística em sua carreira, usando seu sotaque e elegância da forma mais descontraída possível. Em comparação com “All the Good Times”, “Big Time” atinge um novo patamar com uma sensibilidade que sublinha sua visão sobre a pressa de se apaixonar. O piano brilha ao fundo enquanto o pedal steel oscila em torno da linha de baixo. A música ocasionalmente traz à mente o country rock musculoso e perspicaz da Carolina do Norte. Surpreendentemente, Olsen conseguiu aperfeiçoar ainda mais o seu lirismo agridoce. E embora as falhas estejam presentes em nossa caminhada diária, ela prefere enxergar o lado positivo das coisas.