O Glue Trip, duo formado pelos paraibanos Lucas Moura e Felipe Augusto, surgiu como uma projeto experimental em 2012. O som da dupla mistura gêneros como dream pop, synth-pop e música psicodélica. Seu segundo álbum de estúdio, o experimental “Sea at Night”, foi lançado em setembro de 2018 e ganhou destaque por meio de faixas como “Fancy” e “Time Lapses”. O álbum pisou fortemente no território synth-pop, mas também mesclou gêneros como rock psicodélico e funk. Seu álbum de estreia homônimo, por sua vez, saiu em 2015 e gerou singles como “Elbow Pain” e “La Edad Del Futuro” – o vídeo de “Elbow Pain” tem mais de 13 milhões de visualizações no YouTube. Lançado hoje, “Tempo Presente” é o segundo single do seu terceiro álbum de estúdio, “Nada Tropical”. Trata-se de um retorno às suas origens, em uma mistura de música brasileira dos anos 70 com neo-psicodelia.
“É um daqueles desabafos que a gente solta numa roda de amigos já depois de várias cervejas. Essa música sintetiza para mim toda a sonoridade do novo álbum e ela foi o ponto de partida para todo o disco”, Lucas Moura comentou. Produzida por Zé Nigro e escrita pelo próprio Lucas juntamente com Dinho Lima, “Tempo Presente” se concentra na psicodelia da forma mais deliciosa possível. Há sintetizadores, metais, guitarras, linhas de baixo e fortes batidas fazendo o trabalho pesado. “Nada aqui estava / Nesse mesmo lugar / Preso numa porta / Cheia de dedos, digital”, ele canta no verso de abertura antes de repetir em inglês: “Say my name Say my name / Say my name / You are not the only one To be afraid / To be afraid”. Embora fortemente influenciado pelos anos 70, “Tempo Presente” parece moderna – a banda resolveu apostar em elementos mais orgânicos, mas mantendo sua essência experimental e psicodélica. Liricamente, o clima é reflexivo, nostálgico e assumidamente tropical. Essa será a primeira vez que a banda grava músicas em português: serão cinco das nove faixas do novo álbum.