A banda de Oklahoma City, Chat Pile, lançará seu primeiro álbum de estúdio em 29 de julho. O primeiro single, “Slaughterhouse”, foi lançado com um videoclipe dirigido por Laine B e produzido por Julius R. Chat Pile produz um noise rock sujo e febril que remete aos fins mais transgressivos do underground dos anos 90. Se você já gostou do trabalho de Unsane ou Cows ou Helmet inicial, então esses caras podem te agradar também. Nos últimos anos, o Chat Pile lançou alguns EPs e construiu um nome para si. De fato, sua música parece um quadro de humor manchado com a graxa do noise rock dos anos 80 e 90. Mas apesar das influências da banda, sua música permanece extremamente vital. Isso é especialmente evidente em “Slaughterhouse”, o primeiro single de seu álbum de estreia, “God’s Country”. É uma peça dedicada a uma América que está ainda mais doente do que no apogeu do noise rock. A combinação do baixo grave e da guitarra desafinada parece desesperador.
A bateria imita a marcha involuntária da vida cotidiana através de uma paisagem infernal e capitalista, enquanto os rosnados guturais de Raygun Busch provocam uma mistura de dor e confusão. “Se pudéssemos voar para longe agora”, Busch resmunga. Ele ruge sobre o derramamento de sangue e a incapacidade de escapar; aterrissando de novo e de novo no refrão agonizante. Seja qual for o caso, “Slaughterhouse” parece deprimentemente perspicaz para um mês como este, enquanto o mundo testemunha o horror de vários tiroteios em massa. “Todo o sangue / Todo o sangue / E a porra do som, cara / Você nunca esquece os olhos deles”, ele grita. “E os olhos tristes, caramba / E os gritos / Há mais gritos do que você imagina”. Há uma ironia doentia em como um país que exalta a liberdade individual, não vê problema em mercantilizar a vida humana em favor da fome insaciável do capitalismo. Se isso é o niilismo americano levado ao seu apogeu absoluto, então “Slaughterhouse” é a personificação auditiva de tal conceito. Exasperado pela pandemia, a desesperança das mudanças climáticas, o tiroteio do capitalismo global, Chat Pile tenta desafiar a violência a sua volta. O vídeo do diretor Laine B mostra uma mulher coberta de sangue construindo cruzes de madeira.
