O cantor e compositor Marcus Coelho Coutinho, ou apenas Qinho, começou sua carreira em meados dos anos 2000 no Rio de Janeiro como integrante da banda VulgoQinho&OsCara. Posteriormente, ele entrou em carreira solo quando a banda chegou ao fim. Como solista, Qinho lançou quatro álbuns de estúdio: “Canduras” (2009), “O Tempo Soa” (2012), “Ímpar” (2015) e “Qinho Canta Marina” (2018). Mais tarde, ele decidiu adotar outro nome artístico, passando a se chamar Qinhones. É como Qinhones que o cantor de 38 anos pretende lançar o seu quinto álbum de estúdio no final de setembro.
Iniciando a divulgação do LP, ele lançou nessa sexta-feira, 26, o single “O Rio Continua Rindo”. Co-escrita pelo produtor Alberto Continentino, é um samba-rock com arranjo inesperadamente funky que faz uma dura crítica à cidade do Rio de Janeiro. A capa do single, de Filipe Marones, traz colagens e desenhos sobre a fotografia do Museu Nacional durante o incêndio de 2018. Liricamente, “O Rio Continua Rindo” realmente faz uma crítica implacável à cidade fluminense, embora o título sugira erroneamente a exaltação do Rio. Como podemos notar, o single também possui referências à canção “Aquele Abraço” de Gilberto Gil (“O Rio de Janeiro continua lindo / O Rio de Janeiro continua sendo / O Rio de Janeiro, fevereiro e março”). Aqui, Qinhones lida com a situação de forma completamente irônica: “Mais um dia me levanto / Na cidade desespero / Aquele eterno janeiro / Eterno matar ou morrer”. O clima alegre é totalmente enganoso. “O Rio Continua Rindo” é inesperadamente politizada e sarcástica, mas sua força provém principalmente da combinação deliciosa de violão, guitarra, baixo, sintetizador, clavinet, bateria, conga, tamborim e cuíca – os vocais suaves apenas complementam a composição agridoce.