Em 2018, o disco “Cold as a Kitchen Floor” colocou a banda curitibana Marrakesh no mapa da cena independente. Quatro anos depois, após vários quilômetros de estrada e mudanças internas, eles lançam um novo single chamado “Ready for Love”. Uma canção com profundas mudanças sonoras, que coloca o seu som psicodélico a caminho de experimentações eletrônicas. Explorando uma ampla sonoridade, capaz de mesclar vários gêneros em uma única faixa, o quinteto é inovador por si só. O Marrakesh é um grupo cujo integrante mais velho, o baterista Matheus Castella, tem apenas 25 anos – a banda completa é atualmente formada por Winebathory, Truno, Daniel Tupy e Volobodo. Marrakesh surgiu em 2014, mas só chamou atenção dois anos depois com o EP “Vassiliki” (2016), que trouxe a oportunidade de apresentações em festivais nacionais e do primeiro destaque internacional, na edição de 2017 do Primavera Sound Festival, em Barcelona, Espanha.
Com pouco mais de três minutos, “Ready for Love” surge através de uma névoa inesperadamente eletrônica. A faixa foi iniciada e finalizada em apenas uma noite, graças a criatividade de Winebathory e Truno – posteriormente, eles mandaram a primeira demo para os outros integrantes. É uma canção cativante que utiliza os obstáculos enfrentados como ferramentas de análise, reforçando a presença da Marrakesh como um contínuo expoente. Com influências que percorrem uma vasta gama de possibilidades, “Ready for Love” mostra o desenvolvimento individual de cada membro. Os sintetizadores derretidos, as batidas pesadas, as guitarra saltitantes, as vozes distorcidas e o dubstep agressivo nos guiam por um caminho cheio de energia. Liricamente, “Ready for Love” discute de forma sentimental a beleza da honestidade e a complexidade do coração. Certamente, modernidade define o trabalho da Marrakesh. A banda vem enriquecendo suas produções com essa combinação exótica de indie rock, psicodelia e eletrônica. Sempre mantendo o padrão de qualidade e inovação, o quinteto planeja lançar o seu próximo álbum de estúdio, “Timeskip”, no final de setembro.