DINGO, anteriormente conhecida como Dingo Bells, é uma banda brasileira de indie rock de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, formada por Diogo Brochmann, Felipe Kautz e Rodrigo Fischmann. Com o novo álbum “A Vida é uma Granada” previsto para novembro deste ano, a banda lançou dois novos singles: “Descontrução do Ser” e “Doce Delírio”, este último ganhou um videoclipe com direção de Isadora Canguçu e Nathalia Mendes. O vídeo é nostálgico e possui algumas referências à filmes dos anos 80. “Doce Delírio / Descontrução do Ser” é fruto de dois meses de imersão criativa de em um estúdio na Zona Sul de Porto Alegre, onde ficaram isolados com o guitarrista e arranjador Fabricio Gambogi (o quarto integrante extraoficial do grupo). O novo disco pretende intensificar a identidade tropical do trio, com influências de soul e MPB, somando elementos de rock alternativo, música eletrônica, R&B e hip hop. De fato, os dois primeiros singles preservam a personalidade do grupo.
“Doce Delírio” expande o seu senso poético com auxílio de uma forte linha de teclado, guitarra e bateria. A canção orbita no mesmo universo temático que o seu disco de estreia, falando sobre a vida moderna, o cotidiano, o tempo, as relações e o amor. Tudo é apresentado de forma simples, direta e poética. “Descontrução do Ser”, em contrapartida, é mais sussurrante, lenta e cheia de nuances vocais – conduzida principalmente por belos acordes de violão. As canções da DINGO funcionam como pequenas crônicas da vida cotidiana. Há personagens comuns, que podem ser eu ou você, fazendo coisas normais e aprendendo sobre a vida, tudo composto por refrões cativantes e fáceis. “Doce Delírio” e “Descontrução do Ser” acabam dialogando entre si, tendo em vista que parecem uma expansão do universo da banda. Juntos, as canções funcionam como um bom olhar sobre a vida de quem tem 20, 30 ou 40 e poucos anos. Acredito que se ainda tivéssemos nos anos 90, a Dingo Bells seria uma banda muito mais conhecida. Suas canções têm um apelo simples, seus arranjos são cuidadosos e seus instrumentais bem produzidos. “Doce Delírio” é um belo antídoto para momentos de solidão e reflexão, mas também serve como uma canção para ouvir ao lado de amigos e companheiros. São pouco mais de 7 minutos em que prevalece o refinamento dos arranjos, ao lado de melodias e vozes que parecem transportar o ouvinte para décadas passadas.