Em seu primeiro álbum de estúdio, o menino dos predinhos da Zone Oeste de São Paulo tenta resgatar momentos importantes de sua trajetória. Após o lançamento, ele também ganhou um merecido destaque na avenida mais famosa do mundo, por onde já foram exibidos outros trabalhos de artistas da cena urbana brasileira neste ano: a Times Square, em Nova York. Depois de ouvir o álbum todo, fica claro que superação é o tema preferido de Thiago Veigh. Em relação as batidas, ele preferiu ficar dentro do campo de sua identidade sonora. A faixa de destaque, “Luxo No Morro”, é um trap que exala versatilidade, embora ele apareça sozinho nos vocais. O rap melancólico e multicanal o diferencia de colegas fulminantes, usando uma dose de ternura na mistura. Sobre sintetizadores suaves, bumbos pesados e cordas turbulentas fornecidos pelo produtor Nagalli, Veigh fala de sua quebrada e torna-se existencial: “Por isso eu moro no morro / Aonde reside tanta gente com tão pouco / Onde o baile canta e tem mais sorriso que choro”. Uma energia casual parece penetrar cada linha, tornando a música um pouco mais melódica do que o normal. “Luxo No Morro” é realmente gratificante – um sentimento empático entregue com um espírito livre. Uma série de frases que exalta suas raízes e contorna seus pensamentos mais realistas.
Review: Veigh – Luxo No Morro
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