Terno Rei se tornou um dos principais nomes da música alternativa, ganhando destaque nacional após o aclamado álbum “Violeta” (2019). Trazendo uma sonoridade indie com influências oitentistas, a banda paulistana rapidamente conquistou um público fiel. O grupo é formado por Ale Sater, Bruno Paschoal, Greg Maya e Luís Cardoso. Além da fazer parte da banda, Paschoal também está atuando paralelamente em carreira solo com o nome artístico VOVO. Com o seu primeiro single solo, “Baby”, ele fornece uma amostra do EP “Debut”, que será lançado oficialmente em abril. Com auxílio do produtor Janluska, que já trabalhou com Tuyo e Bruna Mendez, Paschoal abraça completamente a música eletrônica e se afasta do som do Terno Rei. Ele aposta em novos terrenos sonoros e explora a diversidade que engloba a música eletrônica, enquanto inclui novos elementos em suas composições. Isso resulta em uma maturidade sonora e um processo mais inclusivo e abrangente.
Musicalmente, “Baby” sintetiza a nova sonoridade absorvida por Paschoal; Em pouco mais de 3 minutos, ele trabalha com vozes inundadas por sintetizadores espaciais e rápidas batidas. É um som mais simples do que o tom colorido do Terno Rei. Embora agitado, “Baby” é um número sombrio que reflete a arte nevoada da capa e se espalha em uma tela vazia. As ondulações iniciais desmentem a rapidez com que a faixa ganha impulso, cuja nítida batida foca nas linhas melódicas de VOVO. Sintetizadores e tambores se sobrepõem, compactando a intensidade a um ponto em que se torna digna de palmas. À medida que a canção começa a devorar as margens externas do instrumental, o vocal que repete o título da música incansavelmente se torna cada vez mais abstrato e distante.