A mixtape “Favorito de Deus”, de OG Bebel, finalmente está disponível para o público. Com 19 faixas inéditas, o projeto explora a versatilidade e autenticidade do rapper carioca. É um trabalho emocionante e pessoal que explora a fé e as vivências de Bebel. Lançada pela gravadora Young World Records, com produção executiva de Nobru Black, também conhecido como Mestre B, a mixtape tem várias faixas de destaque, notavelmente “Aqui Não é o Meu Lugar”. Com letras de um jovem que conhece a dura realidade das ruas do Rio de Janeiro, a faixa é repleta de emoções, particularmente emitidas pelo belo loop de piano. Além das letras impactantes, Bebel também é conhecido pelo seu estilo de rimar; Sua música é uma mistura de trap, hip hop e funk. Seu talento e sua mensagem formam uma combinação irresistível.
“Quando o Biel se foi eu chorei”, ele repete tristemente, antes de contar como se sente: “Solidão, me sinto bem melhor sozinho / Depressão, eu tive que me livrar disso”. Se há algo a ser dito é que Bebel criou “Aqui Não é o Meu Lugar” como uma espécie de exalação purificadora – uma música escrita para superar uma situação difícil. Sua voz, aparentemente consumida pela dor e tristeza, ecoa dentro dela. “Com essas atitudes claro que teria um fim”, ele diz em um ponto. Bebel não está correndo para acabar com o seu sofrimento – está intencionalmente em um estado de aceitação. Ele está abrindo buracos de ar em uma escuridão sufocante. As paredes estão se fechando e sua ansiedade atingiu um pico. “Emoção, prefiro deixar no sigilo / Emoção, prefiro deixar escondido”, ele confessa. Bebel canaliza um conflito pela morte de um amigo através de um fluxo fervilhante (“Eu vi o meu mano morrendo em busca do dinheiro”), espalhando seus pensamentos sobre um instrumental lamacento – além do piano e dos tambores empoeirados, um riff de guitarra chia por trás. E a tristeza de Bebel se transforma em apelo à medida que a faixa toca: “Eu vim de onde a bala voa e o estado não entra / Tipo daquela cena que tu só vê na sua tela / Eu peço pra que Deus livre os meus manos da cela”.