Já se passaram dois anos desde que Victoria Monét lançou dois singles independentes: “F.U.C.K.” e “Coastin'”. Agora, ela convocou o cantor de Nova Orleans, Lucky Daye, para ajudá-la a inaugurar uma nova era por meio de um single intitulado “Smoke”. Produzido por D’Mile, YogiTheProducer e Tim Suby, a canção baseia-se nas luxuosas paisagens sonoras do álbum “JAGUAR” (2020). Mergulhado em uma mistura de R&B, funk e reggae, “Smoke” é um tributo à maconha que encontra ambos artistas combinando harmonias exuberantes sobre uma melodia pegajosa. Sua enunciação no refrão acentua a sensualidade de sua entrega e a leve aliteração, em letras como: “Pequenos fogos de artifício que acendem para mim / Na ponta dos meus dedos eu queimo minhas preocupações”.
A música está cheia de falas tolas, mas a entrega sedosa de Monét eleva a premissa. “É uma celebração toda vez que fumamos”, ela canta sobre a linha de baixo funky. À medida que a música avança, ela é amplificada por uma mistura de trompas, órgãos e sintetizadores. Lucky Daye contribui com alguns versos e vocais de apoio. Seu jogo de palavras pode ser brega, mas a performance conjunta deles na ponte é muito boa. No momento em que o trompete entra, “Smoke” parece firmemente entrincheirada no mesmo território sonoro do último projeto de Victoria, mas o tema permanece longe das letras voltadas para o sexo de faixas como “Moment” e “Touch Me”. Aqui, o desejo por outra pessoa é reimaginado como um desejo pelas propriedades transformadoras da maconha. Na versão estendida do videoclipe, Monét flutua ao longo de uma corrente suave de dedilhados de guitarra e uma cítara sussurrante, enquanto propõe cautelosamente: “Deixe-me tocar aquele cachimbo”. Em suma, “Smoke” é uma música perfeita para curtir; seus vocais de fundo literalmente flutuam pela faixa como fumaça saindo de um cigarro.