Ana Frango Elétrico está de volta com o anúncio do seu terceiro álbum – Intitulado “Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua”, o LP promete uma combinação de estilos enquanto destaca os arranjos de Marlon Sette. Será o primeiro álbum de Ana Frango Elétrico desde o “Little Electric Chicken Heart”, de 2019. Desde então, a artista fluminense esteve envolvida em uma série de composições, como “Mulher Homem Bicho” e “Mama Planta Baby”, além de colaborar com diferentes nomes, como Jadsa, BEL, Luiza Brina e Julia Branco. O primeiro single do álbum, “Electric Fish”, apresenta uma linha de baixo marcante e elementos dos anos 70 processados dentro de um ambiente oitentista. Através de diversas referências musicais, Elétrico descreve um encontro com alguém, possivelmente embriagado e potencialmente feliz.
Com letras em inglês, “Electric Fish” também faz uma mistura eletrizante de pós-punk e disco. Tem um ritmo pesado e uma importante reflexão sobre alteridade e diferenças, em termos de construção de uma identidade. Não por acaso, ela tem utilizado bastante referências ao mundo animal – em “Electric Fish”, não foi diferente. A canção mostra Elétrico na busca de uma pessoa que esteve perdida pela noite e foca na confusão de um novo relacionamento. Tudo isso embalado por diferentes camadas, trombones encorpados, um incrível solo de baixo, percussões e sintetizadores. A letra retrata a cena de um encontro tarde da noite, conforme ela observa a pessoa evitando palavras, destacando uma relutância em se comunicar abertamente. A imagem de acender um cigarro e a fumaça causando desconforto pode simbolizar os aspectos tóxicos do relacionamento. No pré-refrão, ela expressa o desejo de encontrar consolo no corpo da outra pessoa, buscando refúgio em sua presença. O refrão – “peixe elétrico nadando em minha boca” – pode ser entendido como uma expressão metafórica. A imagem de um peixe elétrico nadando implica uma sensação de vivacidade e intensidade.