Arthur Melo, o cantor e violonista de 25 anos de Belo Horizonte, Minas Gerais, lançou três discos entre 2018 e 2020. Todos mergulhados na mesma poeira e inspirados em grandes nomes da música como Caetano Veloso e Milton Nascimento. Após uma pausa de três anos, ele retornou essa semana com um single duplo, “Do Colostro ao Osso / Saídas”, e a notícia de um novo álbum de estúdio – “Mirantes Emocionais” tem lançamento previsto pelo selo britânico Wonderfulsound. Co-produzida por Lucca Noacco, Theodora Viana na bateria, e mixagem do produtor Kassin, “Do Colostro ao Osso” tem uma sensação de introspecção e tristeza, talvez produto de uma solidão provocada pela pandemia. Aqui, Arthur Melo adota uma abordagem mais contemporânea, com guitarras estridentes e rajadas de punk rock. “Do Colostro ao Osso” também traz influências de bandas como Velvet Underground e T-Rex, e do indie rock do início dos anos 2000. No entanto, os acordes distorcidos de baixo e guitarra contrastam fortemente com o seu vocal suave. Com letras repletas de metáforas, o narrador de “Do Colostro ao Osso” finalmente chega a inevitável constatação de que “o amor é dez, amar é uma merda”.
Review: Arthur Melo – Do Colostro ao Osso
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