Qualquer fã de futebol fica emocionado ao ver um gol do seu time do coração no estádio. É essa sensação que o vascaíno Antônio Neves tentou recriar em “DINAMITE”. Arranjador e multi-instrumentista, sua intenção foi homenagear a torcida vascaína e o ídolo, Roberto Dinamite. Samba é o ritmo que acompanha o músico desde a adolescência, quando começou a tocar em shows na Lapa, bairro do Rio de Janeiro. E a escolha de “DINAMITE” como single não foi à toa – para Neves, o Vasco tem relação direta com o seu humor. Apesar do tom bem-humorado e boêmio da canção, o mesmo não se pode dizer do ano do Vasco. Sem vencer há cinco jogos e na zona de rebaixamento do Brasileirão, o clube passa por um momento conturbado. E as expectativas dos torcedores, inclusive de Antônio Neves, para o resto da temporada, não são boas. Produzida com Glauber Seixas, “DINAMITE” mistura o samba e o jazz a fim de evocar otimismo e relembrar o vascaíno da grandeza e tradição do clube carioca. Talvez de propósito, Antônio Neves mantém as coisas simples aqui. A música é repetitiva, mas em constante mutação. Nos seus momentos de pico, a faixa se torna bem densa e energética, mas centrada e intencional. Bem no final, os holofotes permanecem no trombone de vara, enquanto ele saúda personalidades que vão de Paulinho da Viola a Pixinguinha.
Review: Antônio Neves – DINAMITE
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