O produtor e multi-instrumentista cktrl de Londres – nome artístico de Bradley Miller – tem um novo EP a caminho. Intitulado “Zero”, o projeto foi revelado ontem ao lado de sua fascinante faixa-título. No início deste ano, cktrl também se juntou à harpista Ahya Simone em um single intitulado “Mazes”. Lançada em maio, a canção – que também faz parte do novo EP – foi divulgada juntamente com um vídeo dirigido por Yasser Abubeker. O próximo material é uma continuação do celebrado EP “Robyn”, lançado em 2020. Usando suas habilidades de produção, cktrl conseguiu criar um ambiente suave que se alinha perfeitamente com os vocais angelicais de Mereba. A letra também contribui para a criação de um clima sombrio, enquanto Mereba canta delicadamente sobre um coração partido.
“zero” é uma balada de R&B experimental e o tipo de música que certamente o levará a um espaço calmo para relaxar com sua performance vocal surpreendentemente serena. Os vocais não são apenas relaxantes, eles também são sensuais, o que cria um clima bastante romântico – como descrito na capa também. Durante os momentos finais, cktrl introduz um clarinete brilhante e adiciona um toque jazzístico ao lado dos arranjos de guitarra. No citado EP “Robyn”, o saxofone do cktrl e o piano delicado do colaborador Duval Timothy retrataram uma separação, deixando um amplo espaço para o ouvinte vislumbrar suas experiências por meio de uma simples instrumentação e rica composição. Geralmente, cktrl funde a música clássica contemporânea com a experimental utilizando instrumentos de sopro, a fim de criar uma atmosfera incrivelmente íntima e calorosa – e o mesmo acontece em “zero”. Abrindo com o clarinete, a música muda rapidamente para uma balada guiada por batidas gaguejantes e vocais suaves. “Então é assim que termina / Do infinito ao zero”, Mereba canta. Sua voz sedosa é um destaque a parte, mas a produção também é incrivelmente precisa. Além do clarinete, cktrl também utiliza uma percussão e uma guitarra elétrica a fim de capturar um determinado estado de espírito. Por fim, “zero” encerra com floreios de saxofone e uma linha de sintetizador impressionante que se dissolve de forma tranquila.