Rubel lançou, nesta quinta-feira (08), “O HOMEM DA INJEÇÃO II”, um samba inspirado numa história real. A canção chega acompanhada de um videoclipe que tem a abertura inspirada na franquia de “Star Wars”. Em nota, o artista comentou que a inspiração desse trabalho é a história real que aconteceu no Rio de Janeiro, onde um homem ficou nu em uma praça pública e subiu em uma estátua exigindo ser vacinado. Com a letra perspicaz de Breno Góes, o músico criou um arranjo para a música e teve a companhia de um time composto por Arthur Verocai nas cordas e Antonio Neves nos metais. Em protesto contra o desserviço das falas e atitudes do presidente diante da pandemia, a faixa soa como uma dura crítica. O caso fico nacionalmente conhecido pela repercussão midiática do cidadão ter subido em uma estátua histórica do General Osório, na praça XV, no centro do Rio de Janeiro, sem roupas e gritando que só sairia dali caso fosse vacinado. Preso, não identificado e posteriormente liberado pela polícia, esse personagem real acabou servindo de inspiração para a letra de Breno Góes. Na data do ocorrido, completava aproximadamente um ano em que o país tinha entrado de quarentena.
De fato, a falta de vacina, o aumento dos casos de coronavírus e o desrespeito das medidas de proteção faz com que cada pessoa tenha uma reação diferente. O título da música é uma referência ao samba de um dos primeiros compositores cariocas, Sinhô, chamada de “O Homem da Injeção”, de 1930. Introduzida por uma cuíca, a canção fornece arranjos de cordas consistentes e metais cativantes como base principal. “O HOMEM DA INJEÇÃO II” é uma samba irônico e um tanto quanto cômico, ao passo que o violão, o baixo, o cavaquinho e a percussão o auxiliam a dramatizar o ocorrido. “Tirou a roupa no meio da praça / Subiu na estátua de um marechal / Em pleno meio dia o bronze faiscava / A bunda sentia o calor do metal”, ele descreve nas primeiras linhas. “E como toda nudez será castigada / Apareceu do nada um policial”. É impressionante a riqueza de detalhes utilizada no conteúdo lírico de Breno Góes. Ele conseguiu colocar toda a história em um tempo de execução relativamente curto. “O que ele gritava você já imagina / Vacina! Vacina! Vacina!”, Rubel canta colocando mais vida na música.