Junho é o Mês do Orgulho LGBT, e Sufjan Stevens, que sempre abraçou a causa, lançou duas novas músicas em homenagem. “Love Yourself” e “With My Whole Heart” foram divulgadas como campanha em apoio aos jovens LGBTQ+ desabrigados. Esse EP marca o seu primeiro lançamento em 2019 desde suas contribuições nomeadas ao Grammy e Oscar para o filme “Me Chame Pelo Seu Nome”. Parte da receita deste projeto será enviado para Ali Forney Center e Ruth Ellis Center, duas organizações que dão amparo às crianças e jovens LGBT. Esse EP é baseado em uma ideia muito simples. Ame a si mesmo e o amor virá até você. Ambas faixas possuem o mesmo estilo da trilha sonora de “Me Chame Pelo Seu Nome” – Stevens foi a escolha perfeita para escrever algumas músicas para o filme sobre dois apaixonados no verão italiano. Ele é uma voz apropriada para celebrar o Mês do Orgulho, uma vez que possui uma entrega impressionante e uma inocência adorável.
O seu mais recente álbum, “Planetarium” (2017), foi uma colaboração com James McAlister, Bryce Dessner e o compositor Nico Muhly; desde então, ele lançou uma mixtape na forma de “The Greatest Gift” (2017), que trazia b-sides e remixes de faixas do “Carrie & Lowell” (2015). Mais tarde, Stevens lançou sua ode à desiludida patinadora Tonya Harding e contribuiu com duas canções para o citado filme de Luca Guadagnino. Posteriormente, no final do ano passado, ele também compartilhou uma música natalina intitulada “Lonely Man of Winter”. “Love Yourself” é baseada em um esboço que Stevens escreveu 20 anos atrás. A demo original gravada em 1996 está incluída, bem como uma curta reprise instrumental. O single tem um som inspirador que estimula o auto-valor e auto-apreciação. Um sintetizador quente e uma percussão tilintante preenchem o espaço entre os sussurros característicos do cantor. Reminiscente do “The Age of Adz” (2010), mas sem a glória de suas obras, “Love Yourself” é uma peça bem instigante.
“With My Whole Heart”, por sua vez, é uma música completamente nova que Stevens criou como um desafio pessoal. É mais enérgica, alegre, espiritual e tem um colapso eletrônico exclusivo. Ambas canções encorajam o amor livre e sem questionamento – uma ótima referência para a comunidade LGBTQ+. Os truques do Stevens ainda estão em jogo: camadas vocais, sintetizadores borbulhantes, produção luminosa, teclas brilhantes, padrões de bateria e até mesmo um solo de guitarra. É uma música que o encontra brincando com um pop eufórico e uma pitada de disco. Um número ascendente e gracioso, que voa como uma bandeira do arco-íris resplandecente em um dia ensolarado. Dentro dos reflexos eletrônicos, podemos ouvir a profundidade de sua expressão para que todos possam demonstrar compaixão própria – um sentimento verdadeiramente edificante e valioso. “Eu confesso que o mundo está uma bagunça / Mas eu sempre amarei você”, ele canta. Ainda mais surpreendente do que o pequeno conteúdo lírico, no entanto, é a própria música. São 5 minutos inspiradores de soft rock relativamente sem enfeites.