Desde que lançou o “Invasion of Privacy” (2018), Cardi B enfrentou uma superexposição da mídia. Seu novo single, “Press”, foi tocado pela primeira vez em dezembro de 2018, mas somente agora viu a luz do dia. Um pouco antes do lançamento oficial, Cardi divulgou uma foto em preto e branco onde ela está nua, algemada e sendo levado aos paparazzi. Enquanto isso, a arte da capa nos remete à serial killer Aileen Wuornos, uma ex-prostituta que foi sentenciada à morte após ser condenada pelo assassinato de sete homens entre 1989 e 1990. Na época, Wuornos afirmou que foi uma autodefesa quando os homens tentaram estuprá-la, entretanto, ela foi executada em 2002. “Press” acompanha o lançamento de “Money” e, mais recentemente, de “Please Me” – uma colaboração com Bruno Mars. Muitas vezes, é empolgante vê-la sem qualquer tipo de remorso. Ela é uma artista que não se importa com o que os outros pensam dela. Dessa vez, os principais alvos são suas rivais e a mídia que sempre tenta julgá-la. “Imprensa, Cardi não precisa de mais imprensa / Matei todas, mandei essas vadias pro espaço / Entro na cena com meu colete à prova de balas”, ela cospe no refrão.
É inegável que Cardi é uma figura polarizadora, já que suas ações são controversas e mesmo assim sua popularidade continua aumentando. A música, produzida por Slade Da Monsta com toque adicional de Key Wane, possui um baixo agourento, graves pesados, sintetizadores e palavrões por toda parte. Aqui, ela aponta o dedo para qualquer pessoa em seu caminho com linhas extremamente ameaçadoras. “Vou fazer contorno na sua cara com o meu revólver MAC / Cansei de falar, tô aberta à violência / Pergunta pra qualquer um aí, eles sabem que eu faço”, ela recita no segundo verso. Em outros momentos, ela ostenta suas proezas sexuais: “A gente transa na sua casa, nada de motel / Eu sento na cara dele a hora que eu quiser”. “Press” tem um conteúdo lírico que qualquer um que esteja familiarizado com seu passado vai adorar. Possui uma mensagem e mostra que Cardi B continua sem piedade e completamente visceral. No entanto, sua ousadia está em sua melhor forma quando ela faz uma pausa na violência e exibe sua força sexual e senso de maternidade.