As baianas Simone e Simaria Mendes formam uma das duplas de maior sucesso da atual safra do sertanejo. Depois de emplacarem hits pelas rádios do Brasil, como “Quando o Mel é Bom”, “126 Cabides”, “Loka”, “Raspão” e “Regime Fechado”, as irmãs resolveram fundir o sertanejo com o EDM do DJ Alok. Lançada ontem (05), “Paga de Solteiro Feliz” chegou a figurar entre as trinta faixas mais reproduzidas no Spotify. Foi uma grande surpresa vê-las colaborando com o Alok, um artista especializado no house. Em 2017, ele também foi catapultado para o sucesso depois que lançou um hit atrás do outro. Singles como “Hear Me Now”, “Never Let Me Go” e “Big Jet Plane” bombaram nas plataformas de streaming.
Como ambos artistas estão fazendo muito sucesso, todos esperavam mais de sua colaboração. “Paga de Solteiro Feliz” é um single boring com poucos recursos e letras tão sem graça quanto a produção – uma mistura de folktronica, sertanejo, moombahton e brazilian bass. Provavelmente, o seu maior e único acerto seja a melodia que, inevitavelmente, é agradável. Liricamente, Simone & Simaria falam sobre um homem que aparenta estar feliz, mas no fundo chora por estar sozinho. “Olha ele, tomando cerveja na balada / Em uma mesa cheia de gatas / E o coração vazio, tadinho”, Simaria canta na introdução. Musicalmente, “Paga de Solteiro Feliz” é conduzida por guitarras acústicas, sintetizadores e simples percussões. O pré-refrão é cativante, especialmente por causa dos bons vocais e da melodia. “Tá aí, porque não consegue mais dormir direito / Tá aí, tentando esquecer os meus beijos”, elas cantam. No refrão, a guitarra se torna mais proeminente e antecede uma típica queda do instrumental. Alok é um DJ talentoso, mas pecou pela produção básica e genérica. Da mesma forma, as letras são vagas e o conceito por trás da música tão embaraçoso quanto o título.