Nativa de Melbourne, Austrália, Courtney Barnett chegou a fama após o lançamento do seu disco de estreia, “Sometimes I Sit and Think, and Sometimes I Just Sit” (2015). Ela conseguiu fazer um nome para si mesma através de um lirismo espirituoso e fortes riffs de garagem. O seu primeiro LP apresentou uma honestidade bruta sobre o cotidiano da vida – para alta aclamação da crítica. Depois de três anos, ela está pronta para lançar um novo disco solo – “Tell Me How You Really Feel” está previsto para ser divulgado em 18 de maio de 2018 através da gravadora Matador Records. Em paralelo com o anúncio do novo projeto, Courtney Barnett divulgou o primeiro single do mesmo. “Nameless, Faceless” apresenta contrastes sonoros bem-executados e um refrão inesperadamente grunge.
Liricamente, ela aborda a misoginia e os medos femininos com bastante confiança. Este tipo de franqueza lírica simplifica suas convicções e ao mesmo tempo assume um patente político. O refrão faz referência à famosa citação de Margaret Atwood, conforme ela canta: “Eu quero caminhar pelo parque no escuro / Os homens estão com medo de que as mulheres riem deles / Eu quero caminhar pelo parque no escuro / As mulheres estão com medo de que os homens as matem”. Além dos poderosos riffs de guitarra e da potente bateria, “Nameless, Faceless” está armada com críticas e fluxos extremamente conscientes. Politicamente tingida, é uma canção que retrata a sagacidade e o humor de Courtney Barnett. Ela consegue fazer uma sátira enquanto esmaga o machismo de forma brutal. Sonoramente, é uma música obscura, torcida e potencialmente grunge. Aqui, ela combinou um refrão ardente com linhas de guitarra, riffs ameaçadores e uma torção surpreendentemente agradável. Enquanto “Nameless, Faceless” é agitada como suas faixas do passado, a vê explorando assuntos mais sérios. Uma música que cresce em você a cada nova escuta, além de ser uma boa reintrodução para ela como artista.