The 1975 saiu recentemente de um hiato com a promessa de lançar dois novos álbuns. No final de maio, eles lançaram “Give Yourself Try” como primeiro single do “A Brief Inquiry into Online Relationships”. Passaram-se quase dois meses e a banda está pronta para compartilhar uma nova música – “Love It If We Made It” é um intenso e apaixonado protesto político. Este single é praticamente uma revolta contra o atual clima cultural e político. Um despertar lírico focado no impacto que a tecnologia tem sobre a sociedade; uma expansão anti-guerra e um hino fervoroso. Tudo começa lentamente em silêncio, e só atinge o público na marca de 24 segundos. Nesse momento os vocais explodem de forma pesada.
A voz do Matt Healy está incrivelmente tensa, enquanto ele canta inicialmente: “Nós estamos transando em um carro, usando heroína”. Uma metáfora ideal para uma música tão emotiva. Aqui, ele está centrado em torno dos vícios da humanidade e apontando o dedo para aspectos negativos da sociedade. “Love It If We Made It” realmente se destaca por captar a tensão que permeia os tempos atuais. The 1975 encontrou uma plataforma para sua voz e resolveu falar sobre os maiores problemas dos nossos dias. Inicialmente, um conjunto de acordes em staccato e notas de piano conduzem a música. Em nenhum momento Healy hesita, tanto que evoca eventos específicos, como a brutalidade sofrida por homens negros e a morte de Lil Peep. O impacto da tecnologia nos relacionamentos é o tema central do novo álbum da banda, mas além das redes sociais, Healy também levanta uma série de outras questões.
O terceiro verso é dedicado inteiramente ao comportamento racista e xenofóbico de Donald Trump. Isso inclui sua resposta ao controverso tweet de Kanye West para o atual presidente dos Estados Unidos. Apesar da energia otimista da instrumentação, o desempenho provocativo das letras é essencial. O ritmo, por sua vez, é eletrônico, minimalista e surpreendentemente elegante. Embora seja formado apenas por uma frase, o refrão brilha por causa da entrega emotiva. Quando chega na marca de 2 minutos, a música se torna ainda melhor. Melódicos riffs de guitarra, um baixo funky, elementos de disco e crescentes corais enfeitam a música de forma maravilhosa. Certamente, é uma das melhores canções do ano!