Há três anos, DIIV lançou o “Is the Is Are” (2016), um disco que parecia retratar a recuperação do vício – embora de forma um pouco confusa. “Agora é a hora de eu parar de me enganar, e de todos os outros”, Zachary Cole Smith disse no início de 2017, anunciando que estava entrando em “tratamento hospitalar de longo curso”. Desde então, ele costuma ser aberto sobre sua batalha contra o vício, e pretende produzir um álbum que possa, desta vez, apresentar uma visão honesta sobre as consequências do vício. Embora o difuso e intrincado “Is the Is Are” (2016) falasse amplamente sobre sua experiência com as drogas, ele revelou mais tarde que não foi inteiramente honesto, afirmando que o álbum “banalizou o que as pessoas passam” e passou por cima da dor que ele sofreu. “Skin Game”, portanto, é um renascimento que examina o mal-estar do vício.
O primeiro single do próximo álbum da banda revisita essa desorientação. “Eles nos deram asas para voar / Mas então eles tiraram o céu”, ele canta. “Segurando na tosse, escondendo minha cabeça / Todo mundo respeita os mortos”. Ainda assim, as letras empregam um senso de camaradagem: “Eu posso te ajudar, é como eu me ajudo”. Antes disso, ele deixa bem claro sobre as lutas que já enfrentou: “Eu posso ver que você teve algumas lutas ultimamente / Ei cara, eu também tive as minhas”. Dessa forma, Smith sugere que, em meio ao isolamento do vício, a unidade e a sinceridade são muitas vezes a saída mais eficaz. Com certeza “Skin Game” dá um passo confiante em direção à melhoria. Suave e madura, a música rosna enquanto as letras são um pouco mais claras do que de costume. “Deceiver” será lançado em 04 de outubro pela Captured Tracks e marca o seu terceiro registro de estúdio. DIIV gravou o disco em Los Angeles em março deste ano e trabalhou com um produtor externo pela primeira vez – Sonny Diperri já produziu para My Bloody Valentine e Nine Inch Nails.