Três anos depois de lançar o seu último disco, Deafheaven retorna com uma nova música. Eles ainda possuem uma das obras mais influentes de blackgaze, mas falando do seu novo single, “Honeycomb”, podemos ver que Deafheaven manteve o tom sombrio. As batidas de bateria funcionam de forma bem testada, enquanto a música, com seus 11 minutos de duração, pode lembrar “Dreamhouse” e “Baby Blue”. “Honeycomb” não explora novos elementos, mas Deafheaven continua concentrando-se no que eles fazem de melhor. Dito isto, não há como negar que essa faixa percorre uma ampla gama de estilos – fazendo uma mistura caleidoscópica de black metal, post-metal e blackgaze. Esses estilos não são colocados uns em cima dos outros, em vez disso, aparecem sequencialmente.
“Eu estou relutante em ficar triste / A vida além é um campo de flores”, George Clarke ruge. As letras retratam o desejo de estar em qualquer lugar, menos onde você está no momento. Os ferozes riffs de guitarra colidem uns com os outros, e mantém a banda em um território familiar com o auxílio da implacável bateria de Daniel Tracy. Inicialmente, os elementos de shoegaze estão quase ausentes, uma vez que seu apelo está enraizado em um metal agressivo. Mas a banda surpreende com sua capacidade de mudar a direção das coisas. Na marca de 4 minutos, somos presenteados com um trabalho de guitarra estonteante de Kerry McCoy. Em seguida, “Honeycomb” navega por um território desconhecido escoltado por um solo de guitarra. Então, quando a música chega aos 7 minutos e meio, um nova mudança ocorre. Uma mistura de guitarra elétrica e pandeiro acalma as coisas – é nesse momento que o núcleo emocional da música ganha forma. “Honeycomb” possui melodias irregulares e, depois de desdobrar o metal em novas formas, desaparece lentamente.