Mikayla Simpson, mais conhecida como Koffee, é uma cantora de reggae de Spanish Town, Jamaica. É estranho, mas seu nome artístico foi escolhido após ela tomar café enquanto seus amigos preferiam refrigerante. Ela lançou seu single de estreia, “Burning”, em 2017 e assinou posteriormente com a Columbia Records. O EP “Rapture” (2019) ganhou o Grammy de “Melhor Álbum de Reggae” na 62ª cerimônia da premiação, tornando Koffee a pessoa mais jovem e a única mulher a ser premiada nesta categoria. Sua mãe era uma atriz ocasional, adventista do sétimo dia e funcionária do Ministério da Saúde. Dito isto, as primeiras inspirações musicais da Koffee vieram da formação religiosa de sua mãe.
Ela cantou no coro de sua igreja, aprendeu violão sozinha aos 12 anos em um instrumento emprestado de um amigo e começou a escrever sua próprias letras ao ouvir o cantor de reggae Protoje. Seu novo single, “Throne”, é uma canção especialmente séria. Frases como “em seus ouvidos como qualquer cotonete (…) estão me observando, me observando como a Netflix”, proferidas por praticamente qualquer pessoa me deixariam constrangido. Mas embalada sem fôlego por exortações cordiais sobre a paz e a prosperidade em seu país natal, Koffee consegue fazer até mesmo as letras mais simplistas parecem decentes. “Throne”, produzida por Walshy Fire, é uma oferta menos otimista e mais tradicional do que o “Toast”, single lançado no ano passado que a impulsionou à fama mundial. No entanto, compartilha seu DNA – possui fluxos densos e crescentes, além de melodias onduladas. O reggae está há muito tempo entre os gêneros mais consistentes do mundo, se você procurar nos lugares certos. Mas a chegada dessa nova energia, na forma de uma jovem como a Koffee, é muita bem-vinda.