O segundo álbum da banda Mannequin Pussy, “Romantic”, foi simplesmente incrível – um ataque abrasador e conciso que se desenrolou em tempo real, percorrendo 11 músicas em pouco mais de 17 minutos. O primeiro single do “Patience”, o terceiro álbum de estúdio da banda, chega a quase um quarto de todo o tempo de execução do último LP. Mas “Drunk II” é expansivo e emocional, e reserva um espaço meditativo de maneira que o trabalho anterior não fez. A “paciência” parece ser um princípio norteador para o novo disco, que não cessa, mas certamente lhes dá mais espaço para respirar.
“Drunk II” ilustra um ciclo de solidão que dói com uma sinceridade de cortar o coração. “E você se lembra das noites em que liguei para você? / Eu estava tão fodida que esqueci que tínhamos terminado”, Marisa Dabice canta. “Eu ainda te amo, seu idiota”. Seu refrão é incrivelmente poderoso, um lembrete de que, por mais malvado que o mundo possa parecer, há muita coisa que você não pode ver: “E todo mundo me diz: ‘Missy, você é tão forte’ / Mas e se eu não quiser ser? / E todo mundo me diz: ‘Missy, como você está?’ / Há tanta coisa que você não vê”. O Mannequin Pussy está em uma valsa constante contra o caos, sempre lutando para contê-lo. Em “Drunk II”, a banda aborda essa dança com um novo foco. Dessa vez, eles transformaram seu rock febril em algo mais tradicionalmente melódico. Marisa Dabice se desenrola em uma pós-separação, evitando o desespero e bebendo em excesso. No topo de um riff melancólico, ela discute seu comportamento e revela uma vulnerabilidade recém-adquirida.