Dois anos atrás, Laetitia Tamko estreou sob o nome de Vagabon com o álbum “Infinite Worlds” (2017), que recebeu críticas extremamente positivas. Rotulada como artista de indie rock, Tamko se destaca por sua capacidade de criar uma impressão duradoura em um amplo público, apesar de pertencer a um gênero que não é imensamente popular. Sua história também é incrivelmente interessante, pois sua integração na cena musical começou quando ela se mudou de Camarões para Nova York, aos 14 anos de idade. Agora, ela está se preparando para lançar segundo álbum de estúdio. Tamko escreveu e produziu todas as músicas e, no single principal, “Flood”, executou todos os instrumentos. Apoiada por impulsos eletrônicos, ela disse que originalmente escreveu a música para uma “conhecida dupla pop”, e que escrever para outra pessoa foi um alívio criativo.
No entanto, ela acabou reivindicando “Flood” como sua. A canção abre com acordes de sintetizador, antes de explodir com seu refrão que soa como uma amálgama do “Kill for Love” (2012) do Chromatics. Aqui, Vagabon se submete à inevitabilidade – e inseparabilidade – do amor e da dúvida. “Eu quero fazer uma inundação em minhas mãos”, ela murmura contra uma lavagem de sintetizadores. Uma batida cavernosa interrompe seu devaneio, transformando a música em um teste de realidade. “Eu sei, mesmo que eu corra, ainda estou com ele”, Tamko canta, admitindo a futilidade enquanto sua voz é arrastada pela guitarra. No refrão, ela lembra que, apesar de explorar um novo território sonoro, permanece com os mesmos sentimentos do “Infinite Worlds” (2017). “Estou colocando minhas vidas no chão frio / Para estar perto de você”, ela confessa, conhecendo o tipo de vulnerabilidade que surge ao enfrentar o desconhecido.